
Ecos de “Aquarela”
Estava dirigindo e ouvindo música quando um trecho de “Aquarela” chamou minha atenção: “Sem pedir licença muda nossa vida/ E depois convida a rir ou chorar...”. Para quem não lembra dos versos anteriores, Toquinho refere-se ao futuro. Em seguida, completa: “Nessa estrada não nos cabe/ Conhecer ou ver o que virá. O fim dela ninguém sabe/ Bem ao certo onde vai dar...”. Que a vida é imprevisível, todos sabem. Porém, viver sob esta condição, tranqüilamente, poucos conseguem...
Às vezes estamos bem, nossa vida é como sempre sonhamos e de repente um infortúnio acontece. Não só o que está por vir torna-se sombrio, como também o agora. Ficamos sem horizonte e sem chão. Podemos nos recupera logo, mas no momento em que somos surpreendidos é desesperador...Alguns, mesmo depois de restabelecidos, tornam-se receosos: evitam situações e pessoas desconhecidas. Tentam controlar o futuro a fim de não sofrer como no passado. No entanto, independente da vontade, o novo virá. Podemos fazer o máximo para que a nossa vida fique em nossas mãos como deixar de ter uma vida social após uma decepção... Porém, fugir do sofrimento pode trazer dores ainda maiores, além de nos privar de muitas alegrias.
Assim, acredito que a imprevisibilidade do futuro tornar-se-á angustiante ou não de acordo com as situações desagradáveis anteriormente enfrentadas – o modo de trabalhar o sofrimento refletirá na atitude diante do inesperado. Quem, por medo ou prevenção, prende-se ao passado, acaba estacionando-se lá. Geralmente pensa “está ruim, mas poderia ser pior”. Para sentir-se seguro, resolve que nada fará mudar seu “jeito de ser”, preparando-se para não se atingir por acontecimentos que o leve a repensar sua conduta. Já quem tira proveito do que sofreu (ainda que isto signifique dias de reflexão e noites mal-dormidas), não deixando que o desagrado, por pior que seja, limite o resto de sua vida, continua investindo no presente sem temer o dia de amanhã.
Tudo que vivemos jamais se repetirá: não só o mundo como também nós mudamos a cada segundo. Desfrutar de cada momento, sintonizando-nos de fato com aquilo que estamos fazendo, permite-nos desvencilhar dos aborrecimentos passados e viver plenamente o instante. Se o futuro nos trouxer lágrimas, já saberemos como torná-las passageira.
Estava dirigindo e ouvindo música quando um trecho de “Aquarela” chamou minha atenção: “Sem pedir licença muda nossa vida/ E depois convida a rir ou chorar...”. Para quem não lembra dos versos anteriores, Toquinho refere-se ao futuro. Em seguida, completa: “Nessa estrada não nos cabe/ Conhecer ou ver o que virá. O fim dela ninguém sabe/ Bem ao certo onde vai dar...”. Que a vida é imprevisível, todos sabem. Porém, viver sob esta condição, tranqüilamente, poucos conseguem...
Às vezes estamos bem, nossa vida é como sempre sonhamos e de repente um infortúnio acontece. Não só o que está por vir torna-se sombrio, como também o agora. Ficamos sem horizonte e sem chão. Podemos nos recupera logo, mas no momento em que somos surpreendidos é desesperador...Alguns, mesmo depois de restabelecidos, tornam-se receosos: evitam situações e pessoas desconhecidas. Tentam controlar o futuro a fim de não sofrer como no passado. No entanto, independente da vontade, o novo virá. Podemos fazer o máximo para que a nossa vida fique em nossas mãos como deixar de ter uma vida social após uma decepção... Porém, fugir do sofrimento pode trazer dores ainda maiores, além de nos privar de muitas alegrias.
Assim, acredito que a imprevisibilidade do futuro tornar-se-á angustiante ou não de acordo com as situações desagradáveis anteriormente enfrentadas – o modo de trabalhar o sofrimento refletirá na atitude diante do inesperado. Quem, por medo ou prevenção, prende-se ao passado, acaba estacionando-se lá. Geralmente pensa “está ruim, mas poderia ser pior”. Para sentir-se seguro, resolve que nada fará mudar seu “jeito de ser”, preparando-se para não se atingir por acontecimentos que o leve a repensar sua conduta. Já quem tira proveito do que sofreu (ainda que isto signifique dias de reflexão e noites mal-dormidas), não deixando que o desagrado, por pior que seja, limite o resto de sua vida, continua investindo no presente sem temer o dia de amanhã.
Tudo que vivemos jamais se repetirá: não só o mundo como também nós mudamos a cada segundo. Desfrutar de cada momento, sintonizando-nos de fato com aquilo que estamos fazendo, permite-nos desvencilhar dos aborrecimentos passados e viver plenamente o instante. Se o futuro nos trouxer lágrimas, já saberemos como torná-las passageira.