
Romance
Outro dia assisti ao filme “Orgulho e Preconceito”. Um olhar superficial poderia julgá-lo apenas como mais um conto de fadas. Porém, esta obra, versão cinematográfica do livro homônimo escrito por Jane Austen, possibilita refletir sobre variados aspectos da natureza humana: sociais, morais e afetivos, mesmo se tratando de um retrato de uma época e de um lugar (início do século XIX, Inglaterra). Mas, foi a diferença dos costumes que me atraiu, especialmente no que diz respeito às conquistas amorosas.
Naquela época, muitos casamentos aconteciam por interesse, principalmente econômicos. Embora aristocratas comumente procurassem uma esposa que também tivesse posses, alguns se encantavam por moças simples e belas e estas viam neles uma possibilidade de ascensão social e de propiciar segurança à sua própria família. Os bailes na cidade eram a maior oportunidade para o cortejo amoroso. A dança era o momento de máxima proximidade, onde olhares e palavras eram trocados. Não eram permitidos encontros sem a presença da família, a não ser na ocasião em que fosse feito o pedido de casamento.
O contato físico entre homens e mulheres era restrito às danças, pois mesmo os cumprimentos se davam à distância, apenas com um gesto. Assim, se por acaso, acontecesse um toque, por mais sutil que fosse, o valor sentimental era inestimável (há uma cena belíssima no filme que demonstra isso, mas minhas palavras seriam insuficientes para descrevê-la).
Voltando ao século XXI, percebe-se gritantes diferenças. Os casamentos não são mais por interesse, pois casamos por quem nos apaixonamos (ainda que não seja tão comum assim alguém de nível econômico privilegiado se unir a outro de situação econômica extremamente inferior à sua). E as conquistas, as paqueras (ainda se usa essa palavra?) estão longe de parecer o que eram há dois séculos. É verdade que existem trocas de olhares e danças, mas o salto para o beijo é muitas vezes rapidíssimo – na era do ficar não há muito espaço para o romantismo. Talvez, no início da adolescência, a conquista seja mais delicada, assemelhando-se ao século XIX, mas isto está cada vez mais raro.
Mesmo que os casamentos de outrora fossem aparentemente entre desconhecidos, podia-se ver, através de pequenos gestos e poucas palavras, a alma do outro. Hoje, é mais fácil dissimular, pois nem sempre o corpo revela a alma.
Um comentário:
bommm...primeiramente deixa eu me apresentar: meu nome eh janaina, sou amiga da carla[que por sinal fla muito bem de ti ]....eu estava na casa da carla quando ela me chamou pra ver um texto seu ....quero dar-lhe parabens eh tudo muito lindo ....vc ganhou uma fã viu ...e como a carlinha eu tambem quero ser jornalista ....nos ate cobinamos de fazer uma sociedade quando nos formarmos....eu realmente adorei seus textos...sempre que der eu vou dar uma passadinha aqui ok?
bjooos
e muito sucesso
Postar um comentário