
Vazios
Era o fim. A partir daquele instante a vida dele perdeu todo sentido. Seu abatimento transpunha sua alma: tomava-lhe o corpo todo. Não era só a uma grande paixão que ele estava dizendo adeus. Era a todo um projeto de vida. Era o adeus à sua escolha que embora tenha sido a mais arriscada, foi talvez a única que ele fizera sem titubear.
Ele realmente a amara? Esta pergunta o atormentava dia após dia. Ele não sabia. Ele tentava se convencer que não passara de uma paixão. (Dizem que o cupido usa uma flecha porque ela é capaz de nos cegar). Ele se esforçava para acreditar que esteve cego e ludibriado pela paixão. Mas ele não deixava de pensar nela, ora com carinho, ora com rancor, ora com amor. Ele animava-se em esquecê-la, despojá-la de sua vida, mas seus sonhos traiam sua vontade.
Foi ele quem resolveu terminar. No entanto, ele jamais se sentiu como se o tivesse feito: achava que o fim se dera no momento em que ele deixou de se sentir amado. Ela negava que seu amor tivesse mudado. Para ele não era uma questão de palavras e sim de sensações, percepções, afetos. Foi penoso falar a ela: os dias que antecederam o fim foram atordoantes: ele mal dormia. Só decidiu quando se deu conta que ele ocupava muito pouco da vida dela, enquanto ela tomava-lhe cada segundo do seu cotidiano. Ele sabia que seu viver deixara de ser saudável e só tendia a piorar...
Nos primeiros instantes, sentiu uma espécie de alívio: não sofreria mais, não precisaria mais esperar por um carinho, não seria mais frustrado pelas as atitudes dela. Esta sensação durou pouco. Logo se instalou o vazio. O vazio de não tê-la, o vazio de não ter alguém a quem poderia chamar de “meu amor”. E era neste estado que, mesmo após dois meses ele se encontrava. Ele sabia que não seria sempre assim. Mas o tempo parecia cruelmente ter parado... Inevitavelmente, lembrava-se do início: os planos, a empolgação. Recusava-se a aceitar que ela era apenas aquela pessoa distante do final: não queria sentir-se iludido, não queria ter mágoas de sua outrora amada.
Ele jamais a compreendeu por inteiro. Ela nunca se deixou revelar. E ele acabou se tornando parecido com ela: em tempo nenhum se permitiu amar novamente.
Era o fim. A partir daquele instante a vida dele perdeu todo sentido. Seu abatimento transpunha sua alma: tomava-lhe o corpo todo. Não era só a uma grande paixão que ele estava dizendo adeus. Era a todo um projeto de vida. Era o adeus à sua escolha que embora tenha sido a mais arriscada, foi talvez a única que ele fizera sem titubear.
Ele realmente a amara? Esta pergunta o atormentava dia após dia. Ele não sabia. Ele tentava se convencer que não passara de uma paixão. (Dizem que o cupido usa uma flecha porque ela é capaz de nos cegar). Ele se esforçava para acreditar que esteve cego e ludibriado pela paixão. Mas ele não deixava de pensar nela, ora com carinho, ora com rancor, ora com amor. Ele animava-se em esquecê-la, despojá-la de sua vida, mas seus sonhos traiam sua vontade.
Foi ele quem resolveu terminar. No entanto, ele jamais se sentiu como se o tivesse feito: achava que o fim se dera no momento em que ele deixou de se sentir amado. Ela negava que seu amor tivesse mudado. Para ele não era uma questão de palavras e sim de sensações, percepções, afetos. Foi penoso falar a ela: os dias que antecederam o fim foram atordoantes: ele mal dormia. Só decidiu quando se deu conta que ele ocupava muito pouco da vida dela, enquanto ela tomava-lhe cada segundo do seu cotidiano. Ele sabia que seu viver deixara de ser saudável e só tendia a piorar...
Nos primeiros instantes, sentiu uma espécie de alívio: não sofreria mais, não precisaria mais esperar por um carinho, não seria mais frustrado pelas as atitudes dela. Esta sensação durou pouco. Logo se instalou o vazio. O vazio de não tê-la, o vazio de não ter alguém a quem poderia chamar de “meu amor”. E era neste estado que, mesmo após dois meses ele se encontrava. Ele sabia que não seria sempre assim. Mas o tempo parecia cruelmente ter parado... Inevitavelmente, lembrava-se do início: os planos, a empolgação. Recusava-se a aceitar que ela era apenas aquela pessoa distante do final: não queria sentir-se iludido, não queria ter mágoas de sua outrora amada.
Ele jamais a compreendeu por inteiro. Ela nunca se deixou revelar. E ele acabou se tornando parecido com ela: em tempo nenhum se permitiu amar novamente.
Um comentário:
Já passei por aqui umas 5 veze, já li e reli, já procurei uma inspiraçãozinha qualquer, mas,não dá! Os seus textos pra mim ou são tudo ou são nada, ou me inspiram ou me arrancam todos os pensamentos, ou me inundam ou me secam.
E esse sinceramente me deixou sem saída, então me desculpe um comentário pouco esclarecedor, mas só consigo me resumir em uma palavra: AMEI!
=]
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