Mafalda


quinta-feira, julho 19, 2007


À Seleção de Robinho

A final da Copa América de Futebol, no último domingo, deixou claro, mais uma vez, que favoritismo não garante vitória. Quem acompanhou a competição, viu a seleção Argentina apresentar um futebol de dar inveja a nós brasileiros: Riquelme e Messi nos fizeram ter saudade da época em que ver a seleção canarinho era um show de bola. Já seleção de Dunga chegou à final por caminhos tortuosos e estava difícil acreditar que teríamos chances contra o nosso maior rival. As esperanças foram depositadas em Robinho. No entanto, o camisa 11 da Seleção não jogou bem. Apesar disso, a “Albiceleste” foi encurralada e cravamos um inesperado 3 a 0, com direito à um belo gol de Júlio Batista aos cinco minutos do primeiro tempo.
Lembrei-me de algumas Copas do Mundo. Na última, éramos os favoritos. Mas os comentaristas esportivos alertavam que sempre quando o Brasil chegava a uma Copa com toda aquela badalação, naufragava. Coincidência ou não, assistimos a uma constelação de craques jogar de forma apática e cair diante da França nas quartas-de-final (o tão falado “quadrado mágico” teve êxito apenas nos comerciais publicitários). Nas Eliminatórias para a Copa de 2002, os argentinos foram a grande sensação. Em vão: foram eliminados na primeira fase da Copa. Por outro lado, a seleção de Parreira de 1994 chegou à Copa desacreditada e, mesmo não agradando a todos brasileiros, conquistou o Tetracampeonato.
Assim, em competições curtas, envolvendo seleções, como a Copa do Mundo, a Copa América, a Eurocopa etc, dispor dos melhores atletas do país não garante o sucesso. No entanto, na ultima Copa América, a Argentina não tinha apenas craques de renome internacional: estavam entrosados e imbatíveis. O que aconteceu na final?
A imprensa brasileira dizia que o Brasil só teria chances de vencer se a rivalidade e os últimos resultados obtidos pela Seleção Brasileira frente à Argentina intimidasse nossos hermanos. Se isto aconteceu não sei dizer. O fato é que brasileiros jogaram com raça e categoria, impossibilitando os argentinos de repetirem as atuações anteriores. Na comemoração, liderados por Robinho, a seleção campeã da América desabafou cantando o trecho de uma samba de Jorge Aração que diz: “Respeite quem pode chegar onde a gente chegou”.

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