
Escolhendo um mundo maravilhoso
Às vezes sinto um contentamento sem razão aparente. Segunda-feira passada me perguntaram se eu tinha visto um “passarinho verde”, pois eu estava cantarolando “What a Wonderful World”. Então eu respondi: “Escutei esta música o dia inteiro. Acho que ela me deixou feliz!”. Eu não só tinha escutado a canção, mas também lido um comentário que Louis Armstrong fez, em 1970, sobre o porquê de dizer “que mundo maravilhoso” diante de tantas guerras, fome e poluição. Eis alguns trechos de sua fala: “Parece-me que o mundo não é tão mau assim, mas o que nós lhe estamos fazendo. O que estou dizendo é: veja que mundo maravilhoso ele seria se lhe déssemos uma possibilidade (...). Se a maioria de nós amassem uns aos outros, resolveríamos muito mais problemas...”.
Sei que quando estamos drasticamente tristes ou estressados, não é uma canção que, magicamente, muda nosso humor. Mas não era este o meu caso. Eu estava predisposta a felicidade, pois tive um domingo diferente: fui ao circo com minha família, inclusive minha mãe, minhas sobrinhas e meu sobrinho. Há anos eu não assistia a um espetáculo circense. Foi muito bom ouvir a risada da criançada quando os palhaços se apresentavam! Além disso, à noite, conversei bastante com meu sobrinho: como é gostoso conhecer um pouco mais de alguém que você ama!
Acho curioso o fato de que passam desapercebidos muitos acontecimentos capazes de nos alegrar, mas é fácil encontrarmos motivos para nos irritar, irar ou entristecer. Muito do que banalizamos poderia nos fazer bem se déssemos a mesma atenção concedida ao que, potencialmente, nos aflige. Desta forma, acredito que muitas vezes criamos situações estressantes. Por exemplo, imaginem a cena: um pai está vendo televisão. Chega seu filhinho de quatro anos e pergunta “Papai, por que o céu é azul?”. O pai esbraveja “Vá brincar, menino! Não percebe que estou vendo o jornal!”. Nesta situação (que embora hipotética, penso ser bastante corriqueira) o pai não se permitiu desfrutar a companhia da criança, ignorando-a; escolheu assistir às notícias e, provavelmente, amargurou-se por causa delas.
Penso que os dizeres de Louis Armstrong não são apenas palavras bonitas. As escolhas que fazemos, cotidianamente, revelam quem somos e o que esperamos do mundo. Amar o Outro não é tão simples como parece, mas certamente é recompensador!
Às vezes sinto um contentamento sem razão aparente. Segunda-feira passada me perguntaram se eu tinha visto um “passarinho verde”, pois eu estava cantarolando “What a Wonderful World”. Então eu respondi: “Escutei esta música o dia inteiro. Acho que ela me deixou feliz!”. Eu não só tinha escutado a canção, mas também lido um comentário que Louis Armstrong fez, em 1970, sobre o porquê de dizer “que mundo maravilhoso” diante de tantas guerras, fome e poluição. Eis alguns trechos de sua fala: “Parece-me que o mundo não é tão mau assim, mas o que nós lhe estamos fazendo. O que estou dizendo é: veja que mundo maravilhoso ele seria se lhe déssemos uma possibilidade (...). Se a maioria de nós amassem uns aos outros, resolveríamos muito mais problemas...”.
Sei que quando estamos drasticamente tristes ou estressados, não é uma canção que, magicamente, muda nosso humor. Mas não era este o meu caso. Eu estava predisposta a felicidade, pois tive um domingo diferente: fui ao circo com minha família, inclusive minha mãe, minhas sobrinhas e meu sobrinho. Há anos eu não assistia a um espetáculo circense. Foi muito bom ouvir a risada da criançada quando os palhaços se apresentavam! Além disso, à noite, conversei bastante com meu sobrinho: como é gostoso conhecer um pouco mais de alguém que você ama!
Acho curioso o fato de que passam desapercebidos muitos acontecimentos capazes de nos alegrar, mas é fácil encontrarmos motivos para nos irritar, irar ou entristecer. Muito do que banalizamos poderia nos fazer bem se déssemos a mesma atenção concedida ao que, potencialmente, nos aflige. Desta forma, acredito que muitas vezes criamos situações estressantes. Por exemplo, imaginem a cena: um pai está vendo televisão. Chega seu filhinho de quatro anos e pergunta “Papai, por que o céu é azul?”. O pai esbraveja “Vá brincar, menino! Não percebe que estou vendo o jornal!”. Nesta situação (que embora hipotética, penso ser bastante corriqueira) o pai não se permitiu desfrutar a companhia da criança, ignorando-a; escolheu assistir às notícias e, provavelmente, amargurou-se por causa delas.
Penso que os dizeres de Louis Armstrong não são apenas palavras bonitas. As escolhas que fazemos, cotidianamente, revelam quem somos e o que esperamos do mundo. Amar o Outro não é tão simples como parece, mas certamente é recompensador!
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