
É mais forte quem sabe mentir?
Acredito que a maioria das pessoas, desde a mais tenra idade, seja instruída a ser verdadeira. Aprendemos que a sinceridade é a virtude que sustenta as relações humanas saudáveis. Durante a infância, é fácil agir com franqueza. Mas à medida que os anos passam, a vida nos ensina que “dizer a verdade” nem sempre é conveniente. Ouvi uma opinião radical a respeito disso: o escritor mexicano, Guillermo Arriaga, em entrevista ao Roda Viva, disse que a mentira garante a sobrevivência, já a verdade pode levar à autodestruição...
Entre os extremos verdade/mentira ou sinceridade/falsidade há outras condutas que, aos poucos, assimilamos. Por exemplo, omitir: apenas deixamos de dizer o que sabemos, ou seja, não nos prejudicamos, mas, por outro lado, às vezes beneficiamos alguém em detrimento de outro. Ou então “falar meia-verdade”: contamos até o ponto que imaginamos não ferir o outro e/ou que não nos comprometa. Podemos também permitir que outra pessoa fale por nós: ou pedimos isto diretamente a ela ou simplesmente damos a deixa já sabendo que ela dará o recado. Embora estes comportamentos não sejam o ideal, muitas vezes, por inúmeros motivos, são necessários e, de certa forma, compreensíveis. Porém, há uma prática, infelizmente já enraizada no convívio social, que considero sórdida: esperar o outro virar as costas para maldizê-lo e, ao reencontrá-lo tratá-lo como um bom amigo (comentar sobre a vida de alguém é bem diferente de denegri-la).
“Ser sincero” realmente é mais penoso que simular. Creio que “não magoar o outro” seja a justificativa da maioria para não dizer a verdade. Eu concordo em partes: algumas verdades, em alguns momentos, para algumas pessoas, não devem ser ditas. O problema é que a exceção virou regra! Além disso, se somos tão criativos para mentir, também somos para imaginar um meio e um momento menos brutal para contar algo doloroso (só que para isto é preciso ainda sensibilidade e empatia...). Assim, na maioria das vezes, mentimos não para poupar o outro e sim para garantir nossa aprovação diante dele e/ou do grupo social: intencionamos mais preservar nossa imagem do que o bem-estar do próximo.
Apesar de “dizer a verdade” significar um risco para quem quer ser bem-quisto socialmente, acho que mais vale relacionar-se com poucos de forma autêntica do que se condenar a uma incessante dissimulação.
Acredito que a maioria das pessoas, desde a mais tenra idade, seja instruída a ser verdadeira. Aprendemos que a sinceridade é a virtude que sustenta as relações humanas saudáveis. Durante a infância, é fácil agir com franqueza. Mas à medida que os anos passam, a vida nos ensina que “dizer a verdade” nem sempre é conveniente. Ouvi uma opinião radical a respeito disso: o escritor mexicano, Guillermo Arriaga, em entrevista ao Roda Viva, disse que a mentira garante a sobrevivência, já a verdade pode levar à autodestruição...
Entre os extremos verdade/mentira ou sinceridade/falsidade há outras condutas que, aos poucos, assimilamos. Por exemplo, omitir: apenas deixamos de dizer o que sabemos, ou seja, não nos prejudicamos, mas, por outro lado, às vezes beneficiamos alguém em detrimento de outro. Ou então “falar meia-verdade”: contamos até o ponto que imaginamos não ferir o outro e/ou que não nos comprometa. Podemos também permitir que outra pessoa fale por nós: ou pedimos isto diretamente a ela ou simplesmente damos a deixa já sabendo que ela dará o recado. Embora estes comportamentos não sejam o ideal, muitas vezes, por inúmeros motivos, são necessários e, de certa forma, compreensíveis. Porém, há uma prática, infelizmente já enraizada no convívio social, que considero sórdida: esperar o outro virar as costas para maldizê-lo e, ao reencontrá-lo tratá-lo como um bom amigo (comentar sobre a vida de alguém é bem diferente de denegri-la).
“Ser sincero” realmente é mais penoso que simular. Creio que “não magoar o outro” seja a justificativa da maioria para não dizer a verdade. Eu concordo em partes: algumas verdades, em alguns momentos, para algumas pessoas, não devem ser ditas. O problema é que a exceção virou regra! Além disso, se somos tão criativos para mentir, também somos para imaginar um meio e um momento menos brutal para contar algo doloroso (só que para isto é preciso ainda sensibilidade e empatia...). Assim, na maioria das vezes, mentimos não para poupar o outro e sim para garantir nossa aprovação diante dele e/ou do grupo social: intencionamos mais preservar nossa imagem do que o bem-estar do próximo.
Apesar de “dizer a verdade” significar um risco para quem quer ser bem-quisto socialmente, acho que mais vale relacionar-se com poucos de forma autêntica do que se condenar a uma incessante dissimulação.
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