Mafalda


sexta-feira, janeiro 12, 2007


Grande pequenino cão

Tenho um cãozinho especial (sei que para todo dono o seu cão é fora do comum, então vou dizer porque, aos meus olhos, o meu é tão precioso). Ele tem pêlos longos e pretos, com penugens brancas nas patas (parecem meias) e no peito; é baixinho e comprido; tem um rabo que forma um “C” como aquele da cartilha “Caminho Suave”. É um vira-lata e tem quinze anos de idade. Atualmente, escuta e enxerga pouco, anda vagarosamente...
Antes dele, eu tinha uma cachorrinha. Seu nome era Juma. Morreu precocemente, atropelada por uma ambulância... Esperei ansiosamente que a mãe de Juma tivesse outra cria e eu e meus irmãos fomos escolher qual seria o nosso novo animalzinho de estimação. Quando vi aquela bolinha preta e peluda, apaixonei-me! Parecia um ursinho de pelúcia! Não tivemos dúvida, era ele o escolhido. Na época, tinha um cantor pop estrangeiro fazendo sucesso e que meu irmão mais velho gostava: Prince. Gostei da sonoridade da palavra e do significado. Todos aceitaram e o cãozinho foi assim batizado. Tivemos que decidir como soaria seu nome: como se lê em português ou a pronúncia correta inglesa. O tempo fez com que o português prevalecesse. (Meu outro irmão, o imediato antes de mim, escolheu o segundo nome do filhote, e, assim, o seu nome completo ficou: Prince Atílio L’Apiccirella).
Sempre gostei do Prince. Mas antes, suponho que como reflexo da pessoa que eu era, não lhe dava tanta atenção. Às vezes, encostava à mão na sua cabecinha. Não falava muito com ele... Então fui morar fora. Por muito tempo, nada mudou entre nós. Entretanto, há mais ou menos três anos, não sei o que aconteceu... Não sei se foi comigo ou com ele ou com ambos. Talvez a iminência de perdê-lo tenha me feito vê-lo com novos olhos. Quando eu vinha para cá, ele sempre estava por perto e eu o acariciava constantemente. Percebia que a festa que ele fazia ao me ver era mais intensa que a de outrora. Voltei a morar na mesma casa que ele e nosso carinho mútuo é cada vez maior. É terapêutico agradá-lo!
Outro dia, fomos viajar. O Prince ficou sozinho por um dia. Quando chegamos, tinha lágrimas nos seus olhos. E seu latido era uma mistura de choro e alegria. Outro dia, tirei umas fotos com ele: encostou a cabecinha dele na minha... Não sei se meu cachorro é único, mas não é isso o que importa. Interessa o que ele tornou-se para mim. Isto é singular, raro, extraordinário!

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Na....
Vim bisbilhotar seu blog e vi esta crônica sua....
Só o que posso te dizer é que é muito bonito uma pessoa expressar e declarar o seu amor por um animal...
Eles são pérolas que Deus nos dá....
Beijo