Mafalda


quarta-feira, janeiro 18, 2012

Romeo e um pouco mais sobre meu 2011


Sozinha, bem, ouvindo Jazz e bebericando...

Começo falando de Romeo, que chegou já no meio do ano. Antes disso, nada de muito importante parece ter acontecido (pelo menos, nada que me venha à memória neste instante...).
Era fim de minhas férias. Estava em Barretos... A gatinha Talita tinha retorno no veterinário. Fui levá-la com minha mãe. Logo que adentrei me deparei com um cãozinho pretíssimo engaiolado para adoção. Lembrou-me meu saudoso Prince.  Brinquei com ele e foi amor à primeira vista!
Dia seguinte ele já estava comigo na casa de meus pais. O filhote de aproximadamente 3 meses (o veterinário não sabia ao certo) corria eufórico desesperadamente! Imaginei que fosse efeito rebote da privação de liberdade...
Não sabia como chamá-lo. Consultei nomes com os familares, pesquisei no google Nenhum me deixava satisfeita! Até que mexendo no meu criado-mudo encontrei o DVD Romeo & Juliette. Era isto, Romeo! Os olhinhos mais meigos que já vi!
Confesso que hesitei em trazê-lo para Rio Preto. Mas havia aquela força irrefreável de tê-lo comigo. Ele me conquistara e me lançou o desafio de cuidá-lo, já que nunca até então tinha tido um cão sob minha inteira responsabilidade.
Romeo nunca deixou de ser desperadamente eufórico, estragou inúmeros objetos, mas nenhum tem o valor do que ele me traz. Ele é carinhoso, carente, ativo e às vezes se traquiliza com uma boa música (como agora)... Os pelos da cara cresceram, tem um topete a la Neymar. Ele salta incrivelmente alto. Gosta de subir nos móveis como um gato. E continua com aqueles olhinhos...
Passeio com ele todas as manhãs antes de trabalhar: seu entusiasmo me motiva, sua alegria me contagia. É meu companheiro, não me deixa desanimar, pois por mais que eu esteja exausta ou irritada ou triste, ele está me esperando para alimentá-lo, para jogar a bolinha, para dançar ou simplesmente acariciá-lo. Romeo trouxe-me vida!
Outro acontecimento do ano foi minha mudança de apartamento. Confesso que me atormentou o ano todo a espera. Tinha temor da hora de mudar, do cansaço. Mas enfim passou e fui acolhida por alguém que tem me mostrado o que é amizade e sei que jamais poderei retribuir a altura...
Tenho que comemorar sobretudo a saúde de minha mãe e agradecer, ainda que com minha fé torta, a proteção a ela dada. Mesmo o Romeo, devo à minha mãe, já que foi ela quem convenceu meu pai a permitir levá-lo para casa.
Sou relutante quanto aos meus sentimentos, pois são muito volúveis aos meus estados de humor. No entanto, parece que estou saindo da mesmice, conseguindo lidar com meus afetos de forma saudável e como gente grande.
Quero continuar crescendo. Posso ficar triste, posso chorar, mas que isto não me faça magoar aqueles que amo e me envergonhar de mim mesma. Vida plena em 2012.



[Escrito em 17-12-2011]

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