
Nós e os outros
Em cidades do interior como Barretos vestir-se de forma distinta da maioria é ousadia de poucos. Aqui as pessoas sentem-se mais à vontade quando estão parecidas com as outras, trajando o que está na moda. Já em cidades como São Paulo, ser diferente é a maneira que muitos procuram para se destacar na multidão.
Em São Paulo, somos apenas mais um. Nas ruas, no metrô, nos ônibus, não importa de quem você é filho e nem seu sobrenome. Se por um lado ser um anônimo provoca um certo desamparo, por outro a liberdade perante o olhar do outro é maior: o paulistano está acostumado a ver de tudo...Mas estive na capital no carnaval e, ao observar, sobretudo, os jovens, veio-me a indagação: até que ponto são livres?
De fato, em São Paulo, as pessoas se vestem de maneira bastante diversificada. Entre os jovens, há os góticos, os clubbers, os hippies, os metaleiros etc. No entanto, ao mesmo tempo em que demonstram ser livres para expressar suas preferências, diferenciam-se cada vez mais em busca do olhar do outro. Ou seja, a condição de ser mais um na multidão gera, concomitantemente, a liberdade diante do outro e o desejo de ser notado pelo outro.
É curioso notar que o julgamento do outro é determinante tanto numa cidade como Barretos quanto em São Paulo. No entanto, o efeito é inverso: aqui buscamos uma aparência semelhante. Já os paulistanos são levados a se diferenciar. Aqui sentimos falta de liberdade devido à censura do outro. Em São Paulo, o excesso de liberdade gera, ironicamente, o sentir-se aprisionado pela necessidade de se destacar a fim de obter a atenção do outro.
Ainda que alguns afirmem categoricamente não se importar com quê os outros pensam, acredito que é praticamente impossível se desvencilhar completamente do julgamento alheio. Ainda que para os mais jovens o olhar do outro seja mais determinante, na maturidade continuamos dependentes dele. Mesmo aquele que busca o total isolamento, espera do outro o reconhecimento de seu ato. É da natureza humana, pois somos “o intervalo entre o nosso desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de nós” (Alberto Caeiro).
Em cidades do interior como Barretos vestir-se de forma distinta da maioria é ousadia de poucos. Aqui as pessoas sentem-se mais à vontade quando estão parecidas com as outras, trajando o que está na moda. Já em cidades como São Paulo, ser diferente é a maneira que muitos procuram para se destacar na multidão.
Em São Paulo, somos apenas mais um. Nas ruas, no metrô, nos ônibus, não importa de quem você é filho e nem seu sobrenome. Se por um lado ser um anônimo provoca um certo desamparo, por outro a liberdade perante o olhar do outro é maior: o paulistano está acostumado a ver de tudo...Mas estive na capital no carnaval e, ao observar, sobretudo, os jovens, veio-me a indagação: até que ponto são livres?
De fato, em São Paulo, as pessoas se vestem de maneira bastante diversificada. Entre os jovens, há os góticos, os clubbers, os hippies, os metaleiros etc. No entanto, ao mesmo tempo em que demonstram ser livres para expressar suas preferências, diferenciam-se cada vez mais em busca do olhar do outro. Ou seja, a condição de ser mais um na multidão gera, concomitantemente, a liberdade diante do outro e o desejo de ser notado pelo outro.
É curioso notar que o julgamento do outro é determinante tanto numa cidade como Barretos quanto em São Paulo. No entanto, o efeito é inverso: aqui buscamos uma aparência semelhante. Já os paulistanos são levados a se diferenciar. Aqui sentimos falta de liberdade devido à censura do outro. Em São Paulo, o excesso de liberdade gera, ironicamente, o sentir-se aprisionado pela necessidade de se destacar a fim de obter a atenção do outro.
Ainda que alguns afirmem categoricamente não se importar com quê os outros pensam, acredito que é praticamente impossível se desvencilhar completamente do julgamento alheio. Ainda que para os mais jovens o olhar do outro seja mais determinante, na maturidade continuamos dependentes dele. Mesmo aquele que busca o total isolamento, espera do outro o reconhecimento de seu ato. É da natureza humana, pois somos “o intervalo entre o nosso desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de nós” (Alberto Caeiro).
Um comentário:
Esse negócio de vivermos para obtermos a opnião dos outros é realmente um assunto que rende muito, muitos dizem q não,como vc mesma disse no post, mas pra falar a verdade, mesmo que sem querer acabamos influênciados, seja por amigos, inimigos, família, ou pela própria mídia, que na realidade é quem mais dita as "regras" hj em dia, mais o negócio é o seguinte, tentarmos viver com nos sentirmos melhor, e ser feliz! xD
te amo priminha!
beijos
Postar um comentário