
Roda-gigante
Não por acaso gosto de observar o que há de comum nos seres humanos. Converso com amigos (virtuais ou não), vejo filmes e olho para mim mesma...Nos últimos tempos, o que tem me chamado atenção é a nossa necessidade de ter a vida sob controle. Temos que programar nosso dia seguinte, por exemplo. Às vezes precisamos estabelecer nossas atividades durante a semana e até mesmo durante o mês inteiro: é natural, pois a correria do cotidiano nos obriga a isso... Mas não é só o que é exterior a nós que desejamos controlar: ansiamos, sobretudo, controlar nós mesmos (penso que deixar organizado “lá fora” nos dá a sensação que por dentro está tudo no lugar).
Pouco nos arriscamos! Procuramos ser o que sempre fomos. Se uma situação exige mudar nossas crenças, sentimentos e atitudes, geralmente preferimos evitá-la ou então adaptá-las ao que já conhecemos. Somos capazes, por exemplo, de passar por uma grande decepção amorosa e corajosamente encarar um novo relacionamento. Porém, muitos agem com o novo parceiro da mesma forma que fazia com o antigo, por mais diferente que este seja...
Temos, inconscientemente ou não, a necessidade de manter o mesmo padrão, pois isto nos dá impressão de que nada fugirá do nosso controle. O que parece bastante paradoxal: apesar da consciência que temos dos nossos erros, não conseguimos ser diferentes. Mas não é tão contraditório se levarmos em conta que é mais seguro agir como sempre agimos, pois mesmo que venhamos a nos decepcionar novamente, já saberemos como cuidar disso. Por mais estranho que isto possa parecer, geralmente escolhemos uma vida sem tempero em vez de buscar uma felicidade desconhecida. Uma amiga, ironizando o próprio modo de se comportar, metaforizou: “eu estou numa roda gigante, chega a hora de descer e eu não quero!”. É bastante ilustrativo: andamos em círculos, conhecemos bem o caminho, mantemos o controle.
Independente de nossa vontade, o imprevisível acontece. Seja uma dádiva, seja um infortúnio. Das dádivas é mais fácil escapar, esquecê-las, voltar ao cotidiano. Já os infortúnios, temos que enfrentá-los. Sofremos, querendo ou não. E sofrer nos faz crescer porque nos obriga a mudar. Porém, estacionar-se nesta mudança, negar que as situações e as pessoas são outras, pode até garantir o controle, mas limita a infinita possibilidade do viver.
Não por acaso gosto de observar o que há de comum nos seres humanos. Converso com amigos (virtuais ou não), vejo filmes e olho para mim mesma...Nos últimos tempos, o que tem me chamado atenção é a nossa necessidade de ter a vida sob controle. Temos que programar nosso dia seguinte, por exemplo. Às vezes precisamos estabelecer nossas atividades durante a semana e até mesmo durante o mês inteiro: é natural, pois a correria do cotidiano nos obriga a isso... Mas não é só o que é exterior a nós que desejamos controlar: ansiamos, sobretudo, controlar nós mesmos (penso que deixar organizado “lá fora” nos dá a sensação que por dentro está tudo no lugar).
Pouco nos arriscamos! Procuramos ser o que sempre fomos. Se uma situação exige mudar nossas crenças, sentimentos e atitudes, geralmente preferimos evitá-la ou então adaptá-las ao que já conhecemos. Somos capazes, por exemplo, de passar por uma grande decepção amorosa e corajosamente encarar um novo relacionamento. Porém, muitos agem com o novo parceiro da mesma forma que fazia com o antigo, por mais diferente que este seja...
Temos, inconscientemente ou não, a necessidade de manter o mesmo padrão, pois isto nos dá impressão de que nada fugirá do nosso controle. O que parece bastante paradoxal: apesar da consciência que temos dos nossos erros, não conseguimos ser diferentes. Mas não é tão contraditório se levarmos em conta que é mais seguro agir como sempre agimos, pois mesmo que venhamos a nos decepcionar novamente, já saberemos como cuidar disso. Por mais estranho que isto possa parecer, geralmente escolhemos uma vida sem tempero em vez de buscar uma felicidade desconhecida. Uma amiga, ironizando o próprio modo de se comportar, metaforizou: “eu estou numa roda gigante, chega a hora de descer e eu não quero!”. É bastante ilustrativo: andamos em círculos, conhecemos bem o caminho, mantemos o controle.
Independente de nossa vontade, o imprevisível acontece. Seja uma dádiva, seja um infortúnio. Das dádivas é mais fácil escapar, esquecê-las, voltar ao cotidiano. Já os infortúnios, temos que enfrentá-los. Sofremos, querendo ou não. E sofrer nos faz crescer porque nos obriga a mudar. Porém, estacionar-se nesta mudança, negar que as situações e as pessoas são outras, pode até garantir o controle, mas limita a infinita possibilidade do viver.
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