
Aos nossos pais
Tornou-se senso comum culpar pai e mãe pelos deslizes dos filhos. A responsabilidade pelas atitudes de uma criança pode até ser atribuída aos pais, mas ainda assim não é possível generalizar, pois eles não têm controle, por exemplo, do que acontece na escola (estudar numa escola bem conceituada não garante que a criança aprenderá somente boas ações). Já o adolescente, mesmo tendo recebido uma educação baseada em valores éticos e nobres, pode se desviar, pois é típico desta época ser suscetível à influência dos amigos (mas também é verdade que quanto mais sólida e coerente tenha sido a educação transmitida pelos pais, maiores as chances do filho adolescente identificar-se com pessoas que tenham valores semelhantes aos seus). Porém, a meu ver, culpar os pais pelos erros de um filho já adulto é ignorar o livre-arbítrio intrínseco ao ser humano desta faixa etária.
Jean Paul Sartre, filósofo francês, frisou: “Não importa o que fizeram de nós, e sim o que fizemos com o que fizeram de nós”. O adulto tem a capacidade de discernir entre o certo e o errado, mesmo tendo recebido ensinamentos falhos. Chega um momento em que ele pode escolher o que será. Ele tem liberdade para isso. Certamente mudar o rumo não é fácil. Muitas vezes é mais cômodo deixar a vida nos levar do que tomar as rédeas. Como somos livres, podemos sim escolher o caminho que nos exige menos esforço, menos questionamento interior. No entanto, ao decidir por isto é necessário que nos responsabilizemos por nossas ações, o que significa que devemos ter ao menos a dignidade de não culpar os pais pelos nossos infortúnios.
É importante ressaltar: há adultos que nunca foram crianças e não aprenderam o que é escolher. Jamais tiveram liberdade! Destaco aqui aqueles que cresceram numa favela e desde pequenos pegam em armas ou os que nasceram durante uma guerra civil na Europa, na Ásia ou na África, sendo impelidos, ainda na infância, a integrar um exército. Alguns, surpreendentemente, conseguem se livrar do que está praticamente determinado, mas a maioria sucumbe ao meio, condenados a viver o que não optaram.
Entretanto, muitos de nós, adultos que têm a oportunidade de gerir a própria vida, preferem se lamentar pelo que os pais fizeram ou deixaram de fazer. Vivem do passado esquecendo-se que enquanto o coração bater é possível mudar, transformar-se, transcender!
Tornou-se senso comum culpar pai e mãe pelos deslizes dos filhos. A responsabilidade pelas atitudes de uma criança pode até ser atribuída aos pais, mas ainda assim não é possível generalizar, pois eles não têm controle, por exemplo, do que acontece na escola (estudar numa escola bem conceituada não garante que a criança aprenderá somente boas ações). Já o adolescente, mesmo tendo recebido uma educação baseada em valores éticos e nobres, pode se desviar, pois é típico desta época ser suscetível à influência dos amigos (mas também é verdade que quanto mais sólida e coerente tenha sido a educação transmitida pelos pais, maiores as chances do filho adolescente identificar-se com pessoas que tenham valores semelhantes aos seus). Porém, a meu ver, culpar os pais pelos erros de um filho já adulto é ignorar o livre-arbítrio intrínseco ao ser humano desta faixa etária.
Jean Paul Sartre, filósofo francês, frisou: “Não importa o que fizeram de nós, e sim o que fizemos com o que fizeram de nós”. O adulto tem a capacidade de discernir entre o certo e o errado, mesmo tendo recebido ensinamentos falhos. Chega um momento em que ele pode escolher o que será. Ele tem liberdade para isso. Certamente mudar o rumo não é fácil. Muitas vezes é mais cômodo deixar a vida nos levar do que tomar as rédeas. Como somos livres, podemos sim escolher o caminho que nos exige menos esforço, menos questionamento interior. No entanto, ao decidir por isto é necessário que nos responsabilizemos por nossas ações, o que significa que devemos ter ao menos a dignidade de não culpar os pais pelos nossos infortúnios.
É importante ressaltar: há adultos que nunca foram crianças e não aprenderam o que é escolher. Jamais tiveram liberdade! Destaco aqui aqueles que cresceram numa favela e desde pequenos pegam em armas ou os que nasceram durante uma guerra civil na Europa, na Ásia ou na África, sendo impelidos, ainda na infância, a integrar um exército. Alguns, surpreendentemente, conseguem se livrar do que está praticamente determinado, mas a maioria sucumbe ao meio, condenados a viver o que não optaram.
Entretanto, muitos de nós, adultos que têm a oportunidade de gerir a própria vida, preferem se lamentar pelo que os pais fizeram ou deixaram de fazer. Vivem do passado esquecendo-se que enquanto o coração bater é possível mudar, transformar-se, transcender!
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