
A Copa dos meus sonhos
A Copa do Mundo está chegando e o país inteiro está se preparando para ver o “Quarteto Mágico” entrar em cena. Eu sou apaixonada por Futebol e quando é a Seleção Brasileira que está no campo, a emoção é ainda maior! No entanto, apesar de ter visto Ronaldo brilhar em 2002, minha Copa preferida foi a de doze anos atrás.
Em 1994, o Brasil estava há vinte e quatro anos sem conquistar o título da competição mais importante do futebol mundial. E eu tinha amargado com milhões de brasileiros, os fracassos da seleção canarinho nas duas últimas Copas (em 1986, eu tinha apenas sete anos, mas me lembro bem daquela bola fora do craque Zico). A minha torcida pela seleção do Tetra começou nas eliminatórias no ano anterior. Nesta ocasião, muitos criticavam a seleção de Parreira, dizendo que o Brasil abandonara o futebol-arte, mas eu ficava extremamente feliz a cada vitória, mesmo que “suada” da camisa amarelinha. O jogo contra o Uruguai não só selou o passaporte da seleção para os EUA como certamente consagrou Romário como um dos grandes craques do futebol.
Assim, apesar da escalação e do esquema tático de 1994 não contentar todos os brasileiros, a presença de Romário trouxe mais esperanças. Durante a Copa, o Brasil precisou de muita paciência para vencer. Não houve exibições excepcionais. Mas não faltou emoção: é impossível nos esquecermos das oitavas de finais contra a os EUA, com o gol salvador de Bebeto e posteriormente, do jogo frente à Holanda, quando Branco disparou um tiro certeiro que colocou nossa seleção nas semifinais (que reflexo do Romário!). Depois, a cabeçada do baixinho diante dos altíssimos suecos nos colocou diante da temida azurra.
Dezessete de julho de 1994: Brasil x Itália. A partida foi extremamente equilibrada com poucos chutes a gol. À minha volta, irmãos e primos, todos com os olhos grudados na TV. Fim do segundo tempo. Prorrogação. Quanto nervosismo! Pênaltis!!! Pego uma foto do Senna. Taffarel defende e Dunga converte com garra. Vantagem brasileira. Baggio, o craque italiano, chuta para as estrelas. É tetra, é tetra, é tetra! (desculpem-me aqueles que não suportam o Galvão, mas seu grito naquele momento foi impagável!).
Concordo, não foram apresentações de gala (talvez, por ser a “minha” primeira final, seja a Copa que mais tenha me emocionado – não vi Garrincha e nem Pelé jogar). Mas foi na Copa de 94 que a seleção brasileira descobriu que a garra, a experiência, a perseverança e o companheirismo aliados a Carlos Alberto Parreira é uma boa receita para se tornar campeão. Que venha o Hexa!
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