
Desolador é encontrar na minha timeline manifestações racistas, homofóbicas e todo tipo de preconceito. Como disse meu irmão Emanuel, "os reaças" perderam a vergonha de se expressar.
A polícia militar, que teoricamente teria o papel de garantir a segurança, de proteger o cidadão, anda descendo o chumbo. Manifestações democráticas são combatidas como se estivéssemos em guerra; negros são presos arbitrariamente, revelando o preconceito que os brasileiros insistem em afirmar que não existe.
O país anda em crise: a economia vai mal. Culpam o Executivo, mesmo sabendo que há toda uma conjuntura por trás. Ainda sim, dói ler sobre cortes na Educação e Saúde. A grande massa de eleitores de Dilma pode ser a maior prejudicada. Enquanto isso, temos uma Câmara dos Deputados caracterizada pelo conservadorismo (ou seria, fascismo?). Temos anti-gays, anti-cotas, anti-reforma política democrática e defensores da redução da maioridade penal. Querem garantir o poder e o enriquecimento. Triste , afinal o legislativo representa o povo.
Mas encontro conforto entre meus amigos mais chegados. Não estou sozinha. Além disso, há figuras públicas como Gabriel Priolli, Luis Nassif, Luiz Eduardo Soares, Jean Wyllys, Randolfe Rodrigues, Marcelo Freixo, Eduardo Suplyci que através de idéias e/ou ações revelam ética ao defender os direitos humanos, a democracia e a transparência na política.
The answer my friend is blowing in the wind
Declaro-me contra a redução da maioridade penal e vou mais além: defendo a privação de liberdade apenas para os crimes hediondos. Que o ECA seja cumprido e que os juízes se atentem às medidas mais brandas para o adolescente em conflito com a lei: advertência, liberdade assistida e semiliberdade.
Além disso, defendo a desmilitarização da polícia, pois são treinados como se estivessem no exército. Polícia é feita para proteger, garantir a segurança e não tratar o povo como inimigo.
Que o conceito de família formada por homossexuais seja garantido na constituição! O casamento gay já é uma realidade, a adoção de crianças por casais homo idem, inclusive constar no registro de nascimento o nome de ambos os pais ou mães.
Desejo também que as cotas nas universidades se ampliem. Defendo cotas para estudantes de escola pública, além das cotas para negros e índios. A universidade pública tem que ser acessível para todos e digo por experiência própria que o Ensino Superior público, ao garantir pesquisa e extensão, além da formação multidisciplinar, proporciona ao estudante o desenvolvimento do pensamento crítico e atuação na comunidade.
Percebo que muitos vêem com resistência a Lei que proíbe os pais de castigarem fisicamente seus filhos, inclusive as palmadas. Penso que é covardia bater numa criança e que uma palmada pode se transformar num soco. Muitos defendem que apanharam quando criança e que não se sentem prejudicados, que não lhe fizeram mal. Discordo, pois não sabem como seriam hoje se não tivessem sofrido tal forma de agressão e às vezes não relacionam o que viveram na infância com seu comportamento adulto. Mas não vou me estender nesta questão por ora, pois demandaria outra postagem.
Vislumbro que incêndios criminosos como os que vêm ocorrendo nas favelas de São Paulo sejam punidos e cessem. Espero que o programa "Braços Abertos" do prefeito Haddad persevere e que sirva de exemplo para as políticas anti-drogas no país inteiro (para quem não sabe, tal programa garante emprego para os frequentadores da Cracolândia, usuários de crack e outras drogas, o que vem gerando ressocialização e diminuição da criminalidade - confira: http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/5240)
Espero que os índios tenham garantido sua terra, sua cultura. Assim como os sem-terra. Basta de assassinatos.
Enfim, quero humanidade! Que predicados como solidariedade, altruísmo, empatia façam parte do cotidiano e deixem de ser raridade!
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Não diga nunca: isto é natural
Para que nada possa ser imutável (Bertold Brecht)
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