
Antes de tudo, adolescentes
A liberdade é e sempre foi a liberdade dos que discordam (Rosa Luxemburgo)
A busca pela liberdade é uma das características da adolescência. O adolescente necessita diferenciar-se da figura paterna e materna para sentir-se livre, questionando o que lhe foi transmitido até então. É próprio dele a não aceitação passiva de regras impostas pelos mais velhos...
A busca pela liberdade é uma das características da adolescência. O adolescente necessita diferenciar-se da figura paterna e materna para sentir-se livre, questionando o que lhe foi transmitido até então. É próprio dele a não aceitação passiva de regras impostas pelos mais velhos...
Quando um jovem comete um ato infracional grave e de proporções midiáticas, a população, levada por notícias sensacionalistas, indigna-se e pede a redução da maioridade penal. Porém, “crimes hediondos” praticados por adolescentes não são corriqueiros. Também é comum ouvirmos que passar três anos numa instituição onde há escola e outras atividades pedagógicas, além de ser um privilégio, é muito pouco tempo para um adolescente autor de um homicídio. Mas quem pensa desta forma, certamente não vê um adolescente e sim um malfeitor, o que é de certo modo inteligível: se já é difícil para um adulto compreender o menino que é seu filho ou aluno ou vizinho, imaginem o que é para este mesmo adulto entender um jovem que cometeu um ato infracional equiparável a um crime...
Embora o desejo de muitos seja julgar os adolescentes em conflitos com a lei tal como adultos criminosos, é preciso que deixemos de olhar o menino como se ele fosse o ato infracional cometido: antes de tudo ele é uma pessoa em fase de desenvolvimento e, sendo assim, sua recuperação é possível. Além disso, o adolescente, ao ser internado, já está sancionado. Pensem o que significa para um menino de 14, 15 ou 16 anos, por exemplo, estar privado de sua liberdade. Imaginem o que é ser impedido de questionar as normas e seguir com disciplina os horários de todas as atividades, inclusive dormir e alimentar-se. Quem não tem um filho adolescente, tente lembrar da própria adolescência. Façam um exercício de compaixão e coloquem-se no lugar destes garotos. Esqueçam, por um momento, que eles estão internados por transgredirem a lei. Se alcançarem tal feito, perceberão que é extremamente sofrível para qualquer adolescente não poder ser livre, seja por um mês, seja por três anos.
Embora o desejo de muitos seja julgar os adolescentes em conflitos com a lei tal como adultos criminosos, é preciso que deixemos de olhar o menino como se ele fosse o ato infracional cometido: antes de tudo ele é uma pessoa em fase de desenvolvimento e, sendo assim, sua recuperação é possível. Além disso, o adolescente, ao ser internado, já está sancionado. Pensem o que significa para um menino de 14, 15 ou 16 anos, por exemplo, estar privado de sua liberdade. Imaginem o que é ser impedido de questionar as normas e seguir com disciplina os horários de todas as atividades, inclusive dormir e alimentar-se. Quem não tem um filho adolescente, tente lembrar da própria adolescência. Façam um exercício de compaixão e coloquem-se no lugar destes garotos. Esqueçam, por um momento, que eles estão internados por transgredirem a lei. Se alcançarem tal feito, perceberão que é extremamente sofrível para qualquer adolescente não poder ser livre, seja por um mês, seja por três anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário