Outono, não se vê quiosque algum. Romeo corre livremente
pela praia sem aquela gana de restos de alimentos, que pessoas bem educadas
“esquecem”. Vejo-o correndo e imagino
se ele sente ou não falta do Ponte G e de banhistas em geral.
se ele sente ou não falta do Ponte G e de banhistas em geral.
Caminho, meninos jogando futebol na praia e sinto a
inominável inveja. Gostaria de ter jogado quando era mais nova e penso que será
que existem mulheres com mais de 40 jogando futebol nas praias de São Vicente?
Sinto-me velha. Mas pelo menos jogo sinuca.
O mar desliza, parece que estou numa praia do litoral norte.
Romeo quer voltar para casa. Anda em direção ao calçadão, mas o chamo e ele
volta correndo de bem com a vida. Repete isso umas 4 vezes.
Romeo foi feito para mim, é o que há de perfeito em minha vida. E dizem que nada é perfeito. Não que eu não goste de imperfeições, é o charme do cotidiano...