
Vendo um documentário sobre o carnaval, sinto nostalgia. É mais que saudade: tem tristeza ar...
Eu havia me esquecido da premissa de que no carnaval tudo é permitido. No meu carnaval tudo foi permitido somente quando criança. Sonhava e fazia. Não havia transgressão. Era natural.
Mais tarde, haviam os horários, a vontade de experimentar, os desafios. A necessidade de querer mais. Mas não era tudo permitido. E agradeço que assim tenha sido. Beijos e frustrações. Danças, cigarro, cerveja e lança-perfume. Tinha sempre que voltar.
Depois, vieram os carnavais em meio à natureza. Desejos contidos. Premissas do que ainda estava por despertar...
Já não me recordo mais da última vez que estive em sintonia com o carnaval, deixe-me levar. Hoje, não queria estar em nenhum lugar. Talvez no passado, a girar.